sábado, 28 de dezembro de 2013

Street dog

Cachorro virado no Jiraya à meia noite.

Saio na rua pra gastar um pouco a pilha do peludo.

Caminhamos, ele me puxa e cheira o “serviço” de todos os outros cachorros.

Uns maconheiros folgados "alargam" o peito, empinam aquela palha fétida no beiço e fazem cara de bandido pra eu nem chegar perto (como se fosse algo que alguém DECENTE almejasse).


Dou a volta porque estou querendo paz (inclusive para o cão me deixar “sussa” em casa).
Nosso passeio encurta, mas segue firme e forte.

Voltamos pra casa e o meu gatíssimo street dog está com metade da pilha gasta (pula em mim no portão).

Chegando à casa ele corre para o banheirinho e faz TODO O SERVIÇO que não fez na rua.

Brincadeira, nao?!!!

Cléo F. Alves
S. P.
17/06/2012

O QUE ESPERO DE 2014

Uma Cléo mais justa, menos velada, que transmita o que pensa e sente além do olhar sem que o outro se sinta incomodado.

Confiar desconfiando para não cair do cavalo.

Tomar mais sol com o meu cachorro, arrumar mais amiguinhos para ele e donos bonitos para mim.

Cortar o cabelo sem sentir saudades do comprimento quando uma cabeluda sentar ao meu lado no metrô.

Ler muitos livros e ver seriados de madrugada.

Acordar todos os dias sem olheiras e sem estar com o cabelo embolado.

Sentir mais vontade de escrever e que essas inspirações não sejam noturnas.

Beber com os amigos e não ter que dirigir neste dia. Aliás, eu quero um “motorista” que não pense só em carros, feito um adolescente.

Que esta bendita obra do Arena Corinthians termine para que meu carro amanheça sempre da cor que consta no documento e não vermelho-barro.

Não perder a vontade de sair no meio da minha arrumação.

Não ter que tirar todas as peças do guarda-roupas para fora quando eu tiver que sair.

Que o jornal tenha menos tragédias para noticiar.

Não ter preguiça de tirar a maquiagem quando voltar pra casa e o esmalte quando ele estiver lascando.

Que seja natal todos os dias, para que todos respeitem e ajudem o próximo nos demais 364 dias do ano.

Nunca mais ter que comprar uma caixa de cefaliv.

Importar-me bem menos com as pisadas de bola, com as que dou e as que sofro (Essa vai ficar para o dia 29/02/2014).

Beber todos os dias de um copo meio cheio, vendo passarinho verde no céu cor-de-rosa.

Quero ver felicidade nas coisas simples.



Cléo F. Alves
S. P.
28/12/2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Meus três “Rainy days and Mondays always get me down” (The Carpenters)

Todos temos lembranças de dias maravilhosos, marcantes, de sol perfeito, temperatura ajeitada por Deus pra nos deixar felizes, mas também tem aqueles dias em que esse sol estampado no céu não nos atinge, não nos aquece e não consegue fazer a mágica da felicidade acontecer.

Tenho guardado aqui no cabeção os três dias mais tristes dessa minha jornada incrível de 32 primaveras.

No primeiro deles eu ainda estava no começo da adolescência, estudava no Rosolia. A professora nos orientou a formar grupos para a apresentação de trabalho e a nomeá-los como bem quiséssemos. Alguns escolheram rapidamente e outros grupos, como o meu, ficaram pensando demais. Eis que uma garota de outro grupo resolve meter o bedê na escolha do meu grupo e com a maior infelicidade desta galáxia DETERMINA: “Ah! Coloca o nome do grupo de Rainha do Egito!”. Todas as meninas do grupo em que eu estava demonstraram o descontentamento com a intromissão da senhorita A. Magalhães (desta desgraçada eu não esquecerei o nome jamais), já eu nunca senti tamanho constrangimento em toda minha vida (32 primaveras). E a professora, hein??? Infelizmente não me recordo do rosto e nem do nome desta criatura imbecil pra socar na boca do sapo, só sei que a professora acatou a sugestão da garota e contribuiu para o meu primeiro dia mais triste. Lembro-me como se fosse hoje, naquele final de tarde resolvi nunca mais ir à escola e chorei o resto do dia.

O segundo dia mais triste me ocorreu com a notícia de que meu vovozinho Manoel estava muito doente, ele já era quase centenário. Seu Manezinho, como era conhecido, era um vovozinho bem caricato de interior, cabelos brancos, pele morena enrugadinha, caminhava lentamente pezinho atrás de pezinho e sorria com os olhos. A casa dele tinha um cheiro gostoso de fumo (me chame de louca, vai, eu deixo!!), ele costumava comprar fumo desfiado, palha para cigarro e com as mãos firmes confeccionava o próprio cigarro. Sua casa tinha poucos móveis e utensílios, apenas o necessário para um senhor interiorano idoso, tudo era limpo e arrumadinho. A essa altura de sua vida a capacidade de resiliência do corpo já não é a mesma e ele já convivia com um câncer que a idade não lhe permitia fazer qualquer intervenção sem antecipar o inevitável. Vi o meu vovozinho poucas vezes na vida, 500 km nos separavam. Quando criança as férias dos meus pais nunca coincidiam para que a família pudesse viajar junta, éramos três crianças pequenas e meu irmão mais velho. Viajar com uma moçada assim exige planejamento, grana e cuidados com a alimentação, estadia e a vestimenta. Quando me tornei adulta já não dependia dos meus pais e passei a vê-lo com mais frequência, rolaram uns bate-e-volta, nas minhas férias eu conseguia viajar com meu pai e até mesmo com minhas irmãs. Eu tinha quase trinta anos quando voltei do trabalho e minha mãe com todo o cuidado do mundo me disse que meu vovozinho estava internado, quase morrendo. Chorei até dormir, acordei com os olhos inchados e não conseguia falar sobre o assunto sem chorar copiosamente. Providencialmente, um feriado prolongado se aproximou, e então eu e minhas irmãs fomos ao interior para vê-lo, meu pai já se encontrava lá há muitos dias. Ao deixarmos a casa do meu vovozinho para voltar a São Paulo me lembro de rezar com toda a fé do mundo para que o Senhor fosse misericordioso e não permitisse que ele sofresse. Eu estava crente de que seria a última vez que o veria vivo. Este foi o segundo dia mais triste da minha vida. Meu avô viveu mais alguns anos, eu o visitei mais algumas vezes e em agosto/2012 o Senhor o recolheu para um merecido descanso.

O terceiro dia mais triste foi quando com muita dor no coração decidi dar ao meu cachorro a oportunidade de viver em um grande quintal com um amiguinho peludo. Eu o doaria para uma amiga que procurava um cão grande para fazer companhia para seu cachorro, pois eu estava para me mudar para minha própria casa, onde não permitiam cachorros de grande porte (esses condomínios novos tem um regulamente interno com algumas regras que não entendo. Tem pessoas por aí que perturbam a paz e cachorros não). Foram dias terríveis, ponderei sobre o meu egoísmo em querer o Goku perto de mim e dentro de um apartamento pequeno, ponderei sobre a separação do meu peludo, sobre ele ter mais espaço e ter companhia canina full time. Decidi por dar uma vida mais digna ao meu Goku, longe do meu convívio diário, mas com um espaço mais apropriado para que ele fosse um cachorro mais feliz e com a garantia de uma amiga zelosa e apaixonada por cães. Dormi chorando e no dia seguinte minha mãe me acordou muito delicadamente com os dizeres “Seu pai falou que não é para você doar o Goku, porque na casa dos outros ele não vai poder subir no sofá!”. Desculpa pra lá de esfarrapada, era tudo o que eu precisava ouvir e teve fim o terceiro dia mais triste da minha vidinha de 32 primaveras.

O Goku? Ah... Está aqui arrombando as portas, roubando tapetes, mordendo chinelos, me recebendo todos os dias como se eu fosse uma pop star internacional, a cada amanhecer fica mais lindo, mais carinhoso, mais manhoso, mais mimado e me salvando dos demais dias mais tristes da minha vida.

Cachorros são ótimos terapeutas.



Cléo F. Alves
S. P.
05/11/2013




Check Up, missão MacGyver

Além de tentar ser cuidadosa com a aparência eu faço o que posso para conservar a saude, vou ao médico periodicamente e faço exames preventivos e de rotina (Rotina... Rotina... Não sei de quem é essa rotina de ter seu sangue tirado, cérebro fotografado dentre outras partes do corpo. A minha que não é!)

Tentei marcar todos os exames para o mesmo dia e antes do meu retorno aos médicos, o que se revelou missão MacGyver (agendas lotadas em vários laboratórios, cruz credo!). Cogitei ir de condução, mas como se o digníssimo senhor prefeito tirou a linha que passava aqui na rua? O tempo que eu levaria até o metrô para depois pegar um ônibus seria o tempo de já estar no laboratório sendo virada do avesso. O dono do estacionamento ficou feliz com os meus caraminguás.

Às 7:00 da matina estou eu lá no laboratório bicuda por causa do preparatório que é “O Óh”. Tive que lavar o cabelo (até aí sem novidades) sem usar cremes, condicionador, gel, spray (olha o golpe aí, minha gente!!) e ir alimentada. Cara, eu acordo com o estômago em um planeta que ainda não foi descoberto, fome zero e se forçar a nega chama o “Ugo”. Lavar o cabelo sem usar condicionador, creme, gel, spray, defrizante ou óleo já é sacanagem. Ninguém conhece o meu fuá melhor do que eu!! Eu e meu cabelo PRECISAMOS de cremes.

Raio X do cabeção, seios da face e eletroencefalografia para ver a quantas andam o Tico e o Teco. Faço primeiro o eletro, a moça pergunta se levei toalha (Eita pega! Nem lembrei!) e me besunta o cabeção com uma graxa branca com cheiro enjoativo para grudar alguns eletrodos. Abre olho, fecha olhos, respira assim, respira assado e acabou o exame. Meu, como se já não bastasse ter saido de casa sem dar um tapa decente na cabeleira, fiquei com o cabelo todo embaraçado e gosmento. A tal da graxa não deixava os dedos deslizarem pra tentar ajeitar o que não tinha mesmo muito conserto. Meti uns papeis toalha na cabeça e fingi ter limpado aquele “rendezvous” de lesma na minha cabeça. Fiz um coque-coitado e desci para fazer o Raio X. Passado aquele momento tenso de ter meu nome anunciado em megafone, entro na sala, deito naquela mesa feia e metalizada e não sei por que cargas d´água falei que a louca lá de cima tinha me zuado o cabelo com o eletro. A moça do Raio X disse “Ah... Então não pode fazer o exame. Vai ter que lavar o cabelo e voltar mais tarde”. PQP!! Por que a antinha mór da recepção me orientou a fazer os exames na sequência errada? Menina burra, #$%&!! Só não fiquei mais emputecida porque eu teria que voltar ao laboratório às 11:20 para fazer outros exames de imagem.

Voltei para casa, lavei o cabelo e retornei às 10:40, tempo de sobra para refazer as radiografias e na sequência fazer os outros exames das 11:20, certo? Ledo engano. Aquela birosca estava lotada, com neguinho saindo pelo ladrão. Fui atendida depois de 40 minutos e a máquina que cospe as chapas simplesmente comeu as minhas. Pois é, a máquina de Raio X também atola feito impressora. Sinceramente, não vi o momento em que um urubu cagou na minha cabeça!! Que zica!!! Tive que refazer as radiografias.

Tomei tanta radiação que já estou me antecipando e alertando os amigos para não se assustarem quando nascer um braço na minha bunda.

Dia cansativo, nada saiu do jeito que eu queria. Mas não tem nada não! Amanha eu tento outra vez.

Cléo F. Alves
S. P.
05/11/2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

What is your name?

O que tem demais nesta simples pergunta, seja ela na língua que for? Para você, simples mortal, nada! Para mim sempre foi motivo de tensão, o coração dispara, as orelhas pegam fogo e minha sorte é que preto não fica vermelho, senão a personificação de uma criatura constrangida seria a nega aqui.

Para os que não sabem, meu nome é Cleópatra. Tem que ter peito pra sustentar um nome forte feito este (se bem que agora não tenho mais taaaanto peito..rs..). Imagina quantas vezes me cantarolaram a música da cobra da Cleópatra? E as piadas na escola? A cada ida ao médico, dentista ou qualquer outro lugar em que me anunciam neguinho quase sai do banheiro subindo/abotoando as calças para não perder a oportunidade de ver a mulher de marte. E as pessoas são tão criativas.... “E o Júlio Cesar/Marco Antônio?”. Solto logo um “Sabe há quantos anos me fazem essa pergunta inovadora?”

Hoje em dia não posso ser mentirosa e dizer que é tudo superado. Ser interrogada com um “Ai... Por que seu pai te deu este nome?” é de lascar. As pessoas me olham e veem o gato de botas fazendo aquela cara de meu pão caiu no chão com a manteiga para baixo, mendigando afagos e carinhos. Bando de fdp!! Aqui não tem nenhuma coitada!!


Meu nome é Cleópatra pelo mesmo motivo que o seu é o que é, um nome que foi escolhido para uma pessoa especial, o filho/filha do seu pai e da sua mãe.

Cléo F. Alves
S. P.
04/11/2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A Cura

Aqui em casa tem muitos remédios (quando falo MUITOS, quero dizer que alguém aqui quase tem registro no Conselho Regional de Farmácia). Em meio a tantas caixas, blisters, xaropes, pomadas e pós tem o MEGA BLASTER ZASTER POWER ULTIMATE PLUS “própolis”.

Sempre que estou gripada, com alergia na pele, alguma feridinha e tal meu pai fala “Sofre porque quer! Usa o própolis!!”.  Eu tenho medo desse trem, tem cheiro forte, cor intensa que quase parece urucum diluído em álcool e o gosto é “daqui óh”, de cuspir fogo pelas ventas. Só uso quando não aguento mais o pai falando no meu ouvido e só bebo ou borrifo na garganta caso ele seja batizado com um melzinho. Daí dá pra gente conversar.

Lá no meu trabalho o elixir da vida eterna é o gelo do “Carlos Chagas”. Aquela criançada pede gelo para TUDOOO!!! É o  “óh do forrobodó”!!

Bateu? Arranhou? Virou? Gelo!!

Sentou no chiclete? O mala do colega colocou chiclete no cabelo? Gelo!
Unha encravada? Dor de cotovelo? Pum engarrafado? Gelo!!

Eureca!! Cara, como eu nunca pensei nisso antes??????

E se a gente congelar o tal do própolis? O não alcoólico, claro!!

Meu, acho que esse cocktail molotov vai curar DST, fazer a pindolinha levantar (Sim! É isso mesmo que você está pensando!!), vai tratar a caspa, curar cara de fome, curar feiurite aguda,  joanetes, micoses e até depressão sazonal conhecida como “setembrite/outubrite/novembrite”

Aiai... Eu sou um gênio!!!!!



Cléo F. Alves
S. P.
09/10/2013

sábado, 28 de setembro de 2013

O SUPER PROGRAMA DE SÁBADO A NOITE

Enquanto eu pintava as unhas assisti ao concurso do Miss Brasil 2013 na Band. Mulheres lindas, mas a beleza é algo não se sustenta sozinha e por isso acredito que os jurados fazem aquelas perguntas (algumas de pura sacanagem) para ver como a lindona vai tirar a corda do pescoço ou como ela vai dar um tiro no próprio cabeção oco.

Ouvi perguntas sobre injustiça no trabalho, sobre mediação de conflitos ideológicos, sobre valores importantes a serem ensinados às crianças, mas quando ouvi "o que a escola não ensina e que na sua opinião deveria ser matéria obrigatória no currículo?"  juro que senti até o cheiro da pólvora.

Não sei se o jurado é muito "filho da prima" ou se a candidata é muito "caricata". A dona suicida responde que a escola deveria ensinar "sobre o amor" pra não haver tantas guerras.  (Foi neste momento que borrei a unha. Essas misses!!!). E dá-lhe a "A Paz Mundial".

Quem foi a suicida? Bem... Se você é paulista como eu, "join us", sinta-se envergonhado!!

O Mato Grosso também, hein!!! Vixi!!! Resolver conflito de idéias com "sinceridade" também é de azedar o leite do zé, não?

Enfim, os jurados gostaram da mulher sincera e não da "tradicional".

Cléo F. Alves
S. P.
29/09/2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O PIXS

Quando eu era criança a melhor brincadeira depois de esconde-esconde era o pega-pega. Sempre um gritava "tá comigo" e a brincadeira começava. O colega danava a correr virado no jiraya atrás dos outros a fim de tocá-los e passar o "tá comigo" para alguém que também correria feito doido até alcançar e tocar um terceiro que vacilasse na corrida ou nas esquivas com o corpo.

Consegue imaginar a dimensão de um pega-pega num fim de tarde de verão num condomínio da zona "lost" da cidade de São Paulo? Cara, qualquer esforço que você faça não vai dar a mínima dimensão da gritaria que era esse prédio mais ou menos em 1988/1990. Todas as crianças sem celular, sem tablet, sem XBOX ou Playstation. Tínhamos joelhos e cotovelos ralados, casquinhas de feridas por quedas sempre fresquinhas e tudo isso sem que alguma mãe ameaçasse qualquer criança pelo acidente em que a cria se machucou. Naquela época ainda era natural as crianças se machucarem brincando, hoje em dia nem tenho coragem de reproduzir o que ouço de pai/mãe quando o filho se rala na escola porque caiu e se machucou enquanto brincava no recreio.

Retomando ao pega-pega, para as crianças mais lentas ou já cansadas de tanto correr havia o PIXS, que era uma árvore ou determinada grade que delimitava o prédio, que ao ser tocada permanentemente livrava a criança de ser "pega" pelo colega. O anjinho ia com tudo na árvore e gritava “PIXS!!” e o outro na hora parava de correr atrás dele.


Criança é safa, inventa umas brechas, uns refúgios quando o fôlego ou a coragem já não são o bastante. Dae a gente cresce e não sabe onde o tal do PIXS foi parar.



Cléo F. Alves
S. P.
25/09/2013

domingo, 22 de setembro de 2013

O Domingo É Legal


Estou eu aqui no pc vendo seriado, mas a tv está no SBT mostrando uma senhorinha com longas unhas pink, camisa animal print (um tigre, ou algo que o valha) sob um casaco azul e um cabelo volumoso feito a Fran do seriado The Nanny.

Dae falo pra D. Neusinha que tá difícil manter o foco no pc com essa "senhoura" multicolorida e minha sábia mãe manda o seguinte: 

- Você quer o que? É o programa da Eliana!

Tomô?!!


Cléo F. Alves
S. P.
22/09/2013

sábado, 21 de setembro de 2013

A Esquisitice Nossa de Cada Dia

Quem não tem? Manias, crenças idiotas e injustificadas que sempre justificamos a nossa maneira.

Pois bem, umas das minhas é com relação a programar despertador e microondas.

NUNCA NUNQUINHA vou colocar meu celular pra tocar (no caso, Cais - Flávio Venturini) às 05h50 ou 05:55. 

Minha comida nunca ficará quentinha com o tempo programado com números que terminem com zero ou cinco.

Acordo às 05:47!!! Pode falar que sou louca, tô nem aí!!


Cléo F. Alves
SP
21/09/2013


Você tem irmãos?


Eu já nasci com um e depois ganhei mais duas.

Casa pequena e quarto com gente saindo pelo ladrão. Conversas na hora de dormir, risadas altas, broncas pelo barulho e até "pum" sem dono eram engraçados entre nós.

Amo todos os três igualmente, Dani ElaGabriela Alves e Robson Ferreira Alves. Falarei apenas de um, do meu irmão mais velho.

Você é irmão mais velho? É missão pra uma vida inteira, hein!!! O meu me ensinou a ser justa, a ser educada, a não falar gritando, a conversar olhando nos olhos, a cumprimentar com um aperto de mão decente, a brigar feito menino, a gostar de ouvir Transamérica, a ouvir A-ha, a estudar matemática, a jogar video game e a respeitar um olhar fulminante.

De lambuja meu irmão mais velho já me salvou a pele muitas vezes, me protegeu de pessoas maldosas, assinou no lugar do meu pai prova em que tirei "D" dentre outras coisas que não vem ao caso.

Ele me deu uma irmã branca, a Fabi Ramos e há poucos meses me deu o sobrinho mais lindo que uma tia pode ter.

Você não tem irmão mais velho? Azar!!! Eu tenho o melhor de todos!!

Missão dada, missão cumprida, né, Sgt!! Infelizmente não há medalhas para missões desta grandeza cumpridas de forma irretocável! Escrever é a forma que melhor expresso o que sinto e o que penso, esta é a minha medalha pra você!!

FELIZ ANIVERSÁRIO, Robson!!!

Cléo F. Alves
SP
21/09/2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Sabe o "mais ou menos"?


Então, tem dias que a gente acorda "mais", tem dias que a gente acorda "menos" e tem os dias em que a gente acorda "mais ou menos".

Esses dias não estou sendo muito feliz em acordar "mais" ou "mais ou menos". O ponteiro anda lá embaixo, quase arrebentando o chão. Tem coisas que eu tenho que deixar no passado, mas a memória é rata e o "se" e o "por que" são ingratos de maneira que não consigo entender.


O que tem me segurado é saber que os dias "menos" não duram pra sempre. Logo logo acordo "mais ou menos" e quando eu menos esperar acordo "mais" novamente.


Cléo F. Alves
S. P.
01/08/2013
NERD

Você sabe de onde vem o termo “NERD”? Segundo algumas pesquisas que realizei a palavra não tem origem definida, há uma série de teorias. Em 1951, a Revista Newsweek publicou uma matéria sobre os costumes conservadores dos jovens da cidade de Detroit, usando o termo NERD. Coincidência ou não, em 1950 o escritor americano Theodore Seuss Geisel publicou o livro infantil “Se Eu Dirigisse o Zoológico”, que apresentava um personagem esquisitão chamado Nerd. Há ainda a teoria de que N. E. R. D. é uma sigla gravada no bolso da camisa de funcionários da empresa canadense de telecomunicações Northern Electric Research and Development (ou Nortel), o detalhe é que esses funcionários trabalhavam no laboratório de tecnologia. Uma outra teoria cogitada pelo lingüista John Robert Schmitz é de que “nurt” é uma gíria da língua inglesa usada para designar pessoas loucas. Nurt pode ter originado a palavra “nurd”, usada com o mesmo sentido de nerd.

Aqui no Brasil o senso comum entende que NERD é o nome dado a pessoa que se dedica demais aos estudos, tira notas boas na escola, consegue abster facilmente informações a partir de leituras e fazer associações com outras situações e pode ter alguma dificuldade de se relacionar com as pessoas (geralmente por pura timidez).

Pois é! Nem eu sabia exatamente de onde veio o termo, nota-se que não é muito familiar com a língua portuguesa. Ainda assim desde criança aprendi muito rapidinho o que era ser uma NERD, pois me taxavam como uma.

Acredito que NERD não é bem o que o senso comum prega, vejo como uma característica de comportamento, modo de vida de pessoa antenada em tecnologia, ciências ou que tem interesses muito específicos, alguém que pode até não ir bem na escola em matérias como história e língua portuguesa, é autodidata, tem seus próprios métodos de aprendizagem e organização, consegue fazer inferências e compreende facilmente como a sociedade funciona. Reitero que é uma concepção pessoal e que não vejo demérito algum em pessoas que se encaixam neste perfil, muito pelo contrário, as admiro pela autenticidade e determinação pela busca do conhecimento que muito tem contribuído com a humanidade. Quem me dera ter cacife para ser nerd.

Nunca me considerei uma pessoa de inteligência além do normal, sou esforçada e me dedico. Detesto ter meu nome associado a coisas malfeitas, sempre senti vergonha de tirar notas baixas e me enfurecia saber que os colegas foram além de mim. Pensava “Se ele consegue fazer, consegue entender, consegue se dedicar eu também consigo”. Meu mundinho adolescente era escola e “Malhação” (Sim!! Eu adorava ver a novela interminável da Globo quando a Carolina Dieckman, o Cláudio Heinrich e o André Marques eram referência adolescente). Meus pais trabalhavam o dia inteiro e eu só tinha que limpar a casa e tirar notas boas, achava um trato mais que justo. Pensando assim, minhas notas no ensino médio eram ótimas, muitos “A” e alguns “B” que eu engolia a seco. É bom ressaltar que naquela época se a gente não tivesse frequência e competência repetia de ano sem dó ou piedade, os colegas com rendimento sofrível ficavam de recuperação e nem sempre passavam para a série seguinte. Aquilo sim era escola! Bobeou, dançou!! Quem não estudava não passava, pronto e acabou!! Também nunca vi pai/mãe fazer cena com o professor por causa disso. Hoje em dia.... Melhor nem dizer. Já adulta eu não tinha mais trato com os meus pais, mas as notas na faculdade eram boas, cheguei a ver cópias do meu caderno rolando solto pela sala e ainda me orgulho de ter sido uma das duas alunas do curso a tirar “10” em Bases Históricas e Filosóficas da Pedagogia (a outra colega foi a Claudia Napoleão).

Hoje na escola me deparei com uma cena que me marcou. Um aluno estava acalmando o colega que estava à beira de um surto nervoso, ele dizia ofegante “Não aguento mais!!”. O colega não somente conversava com o outro para acalmá-lo, como também literalmente o impedia de fazer uma mer**. Eu e minha colega Rosana ao vermos o garoto segurando o outro logo nos mobilizamos e pensamos que os dois estavam se entranhando para partir para a agressão. Ao conversar rapidamente com os dois percebemos que um estava ajudando o outro. A Direção já havia se mobilizado antes e achei legal ver o garoto lançar mão de 2.000 argumentos para ajudar o colega. Depois fiquei sabendo que um terceiro garoto chamou o menino que estava nervoso de NERD.

Puts! Desde que me entendo por gente as pessoas medíocres tem o hábito de criar defeitos nos outros para tentar ocultar a própria dificuldade de aprendizagem lógico-matemática/linguística/espacial [e dá-lhe Gardner!!], muito valorizada na escola. Logo, quem entende o conteúdo proposto em sala de aula ou faz o esforço, se dedica por gostar ou por ter um acordo como eu tinha com os meus pais e por isso tira notas boas é taxado pejorativamente como NERD.

Eu dou minha cara a tapa como esse garoto que chamou o colega de NERD sequer sabe o que o termo significa. Presumivelmente esse garoto equivocado sequer tira notas boas por gostar de estudar ou por entender o que se propõe em sala de aula. É notório que ele não respeita o modo de ser do outro, não respeita o direito do outro de estar em sala de aula para estudar e não respeita o direito do professor de fazer seu trabalho em paz. Enfim, não respeita nada e nem ninguém.

Eu não consigo conceber NERD como um adjetivo pejorativo, não consigo entender qualquer demérito nisso, até mesmo porque entendo NERD como já descrito “...característica de comportamento, modo de vida de pessoa antenada em tecnologia, ciências ou que tem interesses muito específicos, alguém que pode até não ir bem na escola em matérias como história e língua portuguesa, é autodidata, tem seus próprios métodos de aprendizagem e organização, consegue fazer inferências e compreende facilmente como a sociedade funciona.”

É lamentável ver que alguns adolescentes não conseguem identificar e aproveitar as oportunidades que lhe são ofertadas e para que elas servem. Vão à escola e não sabem o motivo, salvo o bolsa família, leite, tra lá lá...

O que me consola é que esse povo medíocre que perturba num futuro não muito distante vai mendigar emprego para um nerd, desejará celulares, computadores e carros projetados por um nerd, invejará a prosperidade de um nerd ou terá sua vida ou a vida de uma pessoa querida dependente de um tratamento de saúde que envolve tecnologia que um nerd desenvolveu.

Cléo F. Alves
S. P.
02/08/2013





segunda-feira, 20 de maio de 2013

Exame de fezes pelo telefone


Quando criança lembro bem o luxo que era uma pessoa ter telefone. Meu pai falava que era caríssimo, praticamente um bem patrimonial. A despeito do bem patrimonial, tive a oportunidade de ver linha telefônica declarada no imposto de renda ou na declaração de bens de agentes públicos.

A primeira experiência com telefone em casa foi em 1994 (acho) através de um PABX para dividir com aproximadamente 25 apartamentos de um prédio da Cohab City. Era tenso encontrar a linha livre.

Não me recordo direito, mas penso que o número de linhas disponíveis era restrito ao recurso tecnológico e humano da TELESP (hoje qualquer um compra um celular pré-pago com chip a preço de banana), que demandava grande procura e preço altíssimo. Lembro de um lote grande de linhas a preços mais acessíveis e foi nessa que entramos.

Com os investimentos na área de telecomunicações hoje todos tem um celular à tira colo, incluindo os sem noção e sem educação. Querem resolver a vida pelo telefone. No trabalho, no curso, no salão de beleza, no médico, no laboratório as pessoas PENSAM que tem todo um serviço de telemarketing do tipo “fala que eu te escuto” disponível 24h/dia e ansioso à espera de ligação. Não dá pra fazer exame de fezes pelo telefone, você vai ter que se mobilizar um pouco mais pra isso!

O bom senso no uso do telefone por parte de quem toma a iniciativa de ligar não está em desuso. Cumprimente, identifique-se, pergunte por quem gostaria de falar, seja breve e objetivo sem deixar a boa educação de lado, esteja atento ao horário para que não seja muito cedo e nem muito tarde (se eu despertar com o telefone tocando não levanto mesmo!).

Por último e não menos importante, use o telefone com sabedoria em relações que não são pessoais, a lei do mínimo esforço não funciona pra todos em envolvidos de forma igual. Digo isso porque você poupa o seu esforço, o seu tempo mas vai acionar alguém que está descansando ou de férias como eu!!!!

Cléo F.  Alves
S.P.
20/05/2013


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sistema de janelas e abas. Pra que serve?


E aí você tem um pai questionador, daqueles que te interpela porque 1+1=2, que não tem paciência para ver como 1+1=2 e antes que você pegue 2 balinhas pra concretizar já está questionando onde está o “2”.

Aí você ensina como funciona o esquema das abas nos navegadores do computador, ensina que ele deve abrir uma aba quando quiser mexer e você estiver com uma página ativa.

Aí ele senta e você o lembra “Pai, abra uma aba e puxe o seu favorito”...Lá se foi o meu vídeo pausado no youtube.

Não sei pra que inventaram essas benditas abas, pra fazer pegadinha com quem sabe pra que serve?

Cléo F. Alves
S. P.
15/05/2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Ócio


Na sala de casa só eu e ele [Goku].

Madrugada gostosa com luzinhas coloridas piscando sem parar.

A sala fica aconchegante, nostálgica e chego até a gostar de natal.

Estou lembrando agora da aventura que foi para o meu papito ajeitar o pisca-pisca com o Goku pegando o material e saindo correndo com a orelha para trás e o rabicó nas estrelas.

Estou vendo a Diane Lane trair o Richard Gere com o Olivier Martinez no filme "Infidelidade" e há pouco subiu um cheirinho característico de quando o meu curiquinha [Goku] relaxa demais [rs]. 

Ele está tão fofo dormindo no edredonzinho dele.

Cléo  F. Alves
S. P. 
04/12/2012

Cleópatra, a rainha da Inglaterra!


Vinte e nove dias após eu solicitar a segunda via do meu cartão de crédito pela terceira vez (no ápice do estresse esqueci no auto atendimento), com prazo de 08 ddl ele finalmente chegou. E em grande estilo. Vou dizer o motivo.

Toca o interfone e quando atendo um homem diz exatamente assim:

- UM entrega para O CLEÓPATRA!

Meu pai desceu e o cara continuou:

- O que você é DELE?

Seu Antônio, que tem a culpa no cartório sozinho, ainda fala:

- Não é ELE, é ELA! Você não conhece a história da rainha Cleópatra?

E o cara que não cansou de falar asneiras:

- A rainha da INGLATERRA?


Meu pai também insistiu:

- Meu filho, você nunca estudou sobre a rainha do Egito e seus amores, Marco Antônio e Júlio Cesar?

- Já é! Pode crer!!! - Subiu na moto e foi embora.


É mole ou quer mais?? Esse meu nome dá trabalho.


Cléo F. Alves 
S. P. 10/05/2013 
Devo ser de outro planeta ou de outra dimensão
 
Quase sempre me coloco no lugar do outro, tento entender o porque as pessoas são como são e fazem o que fazem ainda que nem sempre eu consiga ver alguma lógica. Perco tanto sono nesse exercício “egoísta” que, aparentemente, faço sozinha neste planeta e nesta dimensão para garantir (Que interesseira egoísta!!) noites de sono tranquilo/leve e ter um santo que brigue por mim.

Ser magoada por alguém a quem se tem amor, apreço, respeito e consideração para mim é uma agressão torpe, desmedida e desnecessária para alguém decente. O que mais me choca em quem distribui indiferença, frieza, falta de consideração e falta de respeito é ver que em momento algum essa pessoa faz o mesmo exercício “egoísta” que faço a todo momento para ter noites de sono tranquilo/leve e um santo que brigue por mim.

E nesse meu raciocínio louco, interesseiro e egoísta chego à conclusão de que esse tipo de agressão tem seu lado bom, pois livra-me de conviver com pessoas que não são egoístas como eu, que a todo momento faço o exercício, nem sempre agradável, de me colocar no lugar do outro para ter noites de sono tranquilo/leve e um santo que brigue por mim.

Como eu sou egoísta!!!