sábado, 28 de fevereiro de 2009

Por que raios as pessoas insistem em exaltar O QUE NÃO TÊM?

Há muitos dias estou sentindo a pálpebra inferior esquerda tremer. É algo muito incômodo e chato, pois quando estou lendo esse tremelique desgraçado rouba a minha atenção, se estou dirigindo, idem. Se no MSN ou escrevendo um pezinho do meu blog, idem. Enfim, é uma coisa chata por demais.

Como passo boa parte do meu dia em frente ao computador e conectada à internet resolvi fazer uma pesquisa. Deus abençoe o Google!!!!. Pensei nas palavras da busca [e esse tremelique continua a me roubar a atenção exatamente agora, enquanto escrevo este desabafo], “tremor + olhos” e mandei ver no enter (“TÁFK”, este foi o barulho do teclado). Li os sites que me foram apresentados pelo digníssimo Google (Ave, Google!!) e encontrei um que bastante me interessou. Começava bem assim:

“Tremor na pálpebra - Recentemente tenho notado um ligeiro tremor na pálpebra que me incomoda bastante. Pensei que se devesse a questões nervosas e até já passei vários dias sem beber café (regra geral bebo dois por dia) mas a situação repete-se. Involuntariamente a pálpebra, por vezes a esquerda noutras a direita, treme junto ao canto externo do olho e embora não seja perceptível para as outras pessoas, perturba-me bastante. Já me ocorreu que talvez fosse sinal de cansaço visto que trabalho diante de um computador todo o dia. Será apenas algo nervoso ou sinal de cansaço na vista? O que posso fazer para resolver este problema?”.

Chora!!! É hoje que mato a minha dúvida!!! Li muito rapidamente a pergunta e a resposta que seguiu. Fui direto ao final da página, que é um blog de oftalmologia, e me deparei com o seguinte comentário:

“Já ouviu aquele ditado? "Ninguém é perfeito"? Vale o mesmo para: Nenhum país é perfeito. Todo país sempre vai ter os idiotas. No Brasil tem muita gente boa, mas tem sempre os idiotas (como o Geraldo, esse cara devia ser preso, pedófilo fdp). Assim como qualquer outro país, o chato é a mania das pessoas sempre generalizar as situações. Os portugueses ali que vieram criticar o Geraldo, eu concordo com eles. Mas porque eles tinham que generalizar falando do Brasil, como se Geraldo fosse o Brasil todo? É a mesma coisa uma mulher ser traída por um homem e dizer: "Todos os homens são iguais". Não são, pra ela parece porque as pessoas só olham pra beleza e dinheiro. Ai se casa ou namora um fdp e acontece uma desgraça como acontece várias vezes no Brasil como o caso de Eloá. Ninguém é igual gente, tem as pessoas boas e as ruins. Então para de generalizar, se não isso que acontece, discussão. Beleza? Abraços, e vêem se tomem um calmante xD”.

Pow!! Alguém consegue maquinar como o lance do tremelique dos olhos chegou a esse pé? Não é difícil!! Minimamente, um imbecil brasileiro (pois aqui tem aos montes, como em Portugal) para provocar, lançou um comentário nada a ver com nada, mal educado e grosseiro, como todo imbecil se apresenta (meus parabéns, imbecil!! Foi muito eficiente em exemplificar como sua raça se comporta), e gerou um conflito à lá corinthiano vs são paulino, igreja evangélica vs candomblé, caprichoso vs garantido.

Um português usa o termo: “Portugal aos portugueses... macacos da selva”. Em contrapartida uma brasileira lança: “... Essa "terrinha" de vcs é pura ilusão, um povo que vive de "faz-de-conta", como dizem os americanos vcs são o CU da Europa....”. Adorei o que minha companheira de macaquice disse.

O que não dá é pra ficar imparcial (tenho sangue quente, e aliás já evaporou). Se não me engano, tem uma música do Gabriel ”O Pensador” que diz que por ele não haveria fronteiras entre os povos, que fôssemos uma coisa só. Porém, todavia, no entanto, como as coisas não são assim, temos que valorizar onde nascemos. E valorizar o que é nosso não é falar mal da casa do vizinho e sim olhar com bons olhos e futuro a própria casa.

A carapuça lançada no blog não me serviu, nem a mim e nem à maioria de nós, sejamos brasileiros ou portugueses. Por isso faço minhas algumas das palavras da “Anonima”:

De anonima a 10 de Outubro de 2008 às 19:36
Olá ...
Então entendam de uma vez por todas que não importa, onde estiverem, que país estiverem, sempre! Em todos, sempre terá: O BURRO (como vcs comumente são conhecidos por aqui, por algumas pequenas gafes que cometem), sempre terá o Louco, psicopata (paises do oriente médio), sempre existirá o insensível( china com relação aos animais), sempre existira o controlador(USA), sempre existirá o folgado(Brasileiro), isso tudo, são apenas rótulos que a sociedade criou!
Agora só IDIOTA, pra achar que todos são assim....
...A Ignorância de um povo destrói o crescimento do seu país!

Usemos o advento do nascimento de Jesus Cristo, não com cunho religioso, mas como marco da linha do tempo e veremos que se passou 2008 anos. Cara, não é um (01) ano, não são duzentos (200) anos, são dois mil e oito (2008) anos transcorridos só a partir do nascimento de Jesus!!! Pois é, e continuamos a agir feito os homens das cavernas. O capitão caverna #1 urra, o capitão caverna #2 quer urrar mais alto e então é tacape na cabeça de um, na cabeça de outro, sangue jorrando e urradas pra TODO MUNDO presenciar e ouvir.

Interessantíssimo ver como algumas pessoas insistem em exaltar o que não tem, educação e respeito ao próximo. Ao final, capitão caverna #1 e #2 estão com a cabeça rachada, com o tacape sujo de sangue e ainda se encaram para ver quem está melhor.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

“Gasparzinha-camarada” em 500 caracteres


Há uns meses criei um perfil num site de relacionamento parecido com o ORKUT, a proposta é exatamente a mesma, ou seja, interagir pessoas, apesar da maioria estar lá a procura de sexo. Há uns 4 anos já tinha criado outro perfil neste mesmo site, mas com o tempo me cansei e vou explicar o motivo. Enfim, na hora de criar o meu famigerado perfil tive a preocupação de fazer um breve resumo de quem sou, o que eu acreditava ser normal (mas não é, acreditem!!). Não é tarefa fácil fazer papel de “gasparzinha-camarada” em 500 caracteres e ao mesmo tempo cortar as asas de aventureiros, que em nada me interessam. Opto pela objetividade, é mais fácil falar do que não gosto e do que não quero e assim procedo. Digo meu nome, escrevo que gosto dele e peço para que não me chamem de gata e de morena. Afinal, a Ivete Sangalo é morena, eu sou negra e não há nada de desabonador falar que alguém é negro quando ele realmente é negro. Digo que não coleciono fotos de pênis e nem de performances sexuais de quem quer que seja e acrescento, finalmente, que sou apreciadora do bom senso e das boas maneiras. Então começa a rolar algo que eu realmente gostaria de entender.

São milhares de perfis, uns com fotos, uns com coisas escritas, outros com palavras de ordem adolescente: “sua inveja faz a minha fama”, “solteiro sim, sozinho nunca” e uns crimes hediondos como “sou uma pessoa eStrovertida”. Pensem comigo, se estão lá [os perfis] é para que sejam lidos por pessoas que se interessem pelo dono do perfil. Certo? Ledo engano!!! Apesar da minha preocupação, da minha rispidez proposital ao escrever que “não gosto”, “não quero” e “não adiciono”, as pessoas (neste caso, os homens) que se interessaram pelo meu perfil (o que fica muito claro pelo MORENA, DELÍCIA e outras coisas chatas que homem gosta de escrever) sequer leram que com certas atitudes o meu interesse por eles torna-se nulo.

Não sei o que se passa na cabeça das pessoas. Quando me interesso por algum rapaz eu procuro colher o maior número de informações possível, tal como filmes preferidos, livros que leu, lugares que vai, o que gosta de fazer aos finais de semana, se gosta de cachorro. Desta forma a gente tem assunto pra chegar na pessoa e evitar a bola fora de dizer que o cara é “uma diliça de goxtosinhu” e depois ver que ele faz parte da comunidade “Odeio meninas que falam 'axim' ".



04/01/2009

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

“Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, ter bondade é ter coragem"

Começo do ano letivo em várias escolas e as notícias sazonais se repetem: a volta de milhares de carros às ruas de São Paulo a engrossar ainda mais o trânsito e a causar congestionamentos, as paradas em fila dupla dos pais para deixar as crianças no colégio, o frisson dos pais de primeira viagem com a expectativa do primeiro dia do filho na escola e as notícias de trotes de mal gosto nas universidades.
Ligar a tevê e ver jovens de “boa família”, antagonizando uma passagem que deveria ser apenas de lembranças de conquista, de término de uma fase com sucesso e início de outra promissora é degradante. Enoja-me. A notícia que vi no jornal e que me revoltou foi a de uma estudante (entenda-se: delinqüente-enrustido travestido de estudante) que no auge da sua imbecilidade e irresponsabilidade fez uma mistura de solvente, creolina e remédio para atirar em uma caloura. Resultado: queimadura de segundo grau na moça que levou esse banho de coctail molotov , que além de tudo está grávida. Quando o Tramontina falou que agressora era estudante de pedagogia eu quis morrer. Pow!! Estudante de pedagogia??? Alguém comprometido com o respeito dentro do ambiente escolar, comprometido com a valorização do outro, com a formação de cidadãos conscientes e proativos do seu papel dentro da sociedade não poderia [jamais!!!] ter esse tipo de iniciativa.
É óbvio que ela não fez isso somente para brincar, mas para AGREDIR a outra. Oras, quando uma pessoa atira uma mistura dessa em outra não é pra deixá-la cheirosinha e sim pra ferrar com a vida dela. E alegar que era apenas uma brincadeira é nos chamar de imbecis!!! Muito provavelmente os pais dessa gente que pratica barbárie acreditam piamente que seus filhos joselitos-sem-noção estavam apenas brincando, e que as pessoas não deveriam levar a ferro e fogo as brincadeiras de jovens.
Recepcionar com hostilidade um aluno novo, fazer com que ele tenha as roupas e cabelos cortados e pintados, fazer com que ele seja obrigado a passar por situação vexatória na rua ao imitar bichos e pedir dinheiro nos semáforos, fazer com que ele seja atirado em piscinas (ainda que não saiba nadar), simplesmente porque “é legal”, é “da hora”, porque “TODOS estão fazendo”, porque “comigo fizeram a mesma coisa” é algo não compreensível. Entendo que quando o Pipoca (o lhasa apso do meu irmão) rosna ou late é por que tem motivo. Afinal “O animal é paciente, mas também não é nenhum demente”. E o Pipoca não agride ninguém e nem é hostil sem motivo.
Estou tentando entender qual o prazer disso tudo. O que será que um ser humano sente ao humilhar outro porque é novo na faculdade? Será que dá tesão? Será que faz o outro sofrer porque fizeram o mesmo com ele? Ou pior, fazer apenas porque é legal? Acho que meu filho será avô sem que eu consiga encontrar a resposta.
Ao passo que vemos essas insanidades na televisão, vemos também os trotes solidários. Pessoas que se juntam para doar sangue, para doar o seu tempo e suor para unir forças, construir e entregar casas a pessoas carentes, para promover um forrozinho com os novos colegas ou para promover doação de cestas básicas. Este tipo de iniciativa é LEGAL e por que raios as pessoas não copiam com mais frequência?
Como diria Renato Russo: “Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, ter bondade é ter coragem". E essa gente que promove episódios deploráveis nunca teve disciplina na vida, nunca teve respeito e compaixão pelo outro e muito menos é forte o suficiente para se manter limpa e resistente às modinhas e costumes violentos que nunca levaram e não levam ninguém a um lugar de prestígio entre os bons.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Por que eu gosto do Clint Eastwood?


No começo de dezembro do ano passado (2008) eu estava atrasada pra faculdade, pra variar, e passei nas Lojas Americanas da Liberdade pra comprar a minha sagrada coca cola e qualquer coisa pra comer durante a aula (entenda-se qualquer coisa como bolacha de chocolate). Foi quando reparei dentro de uma vidraça um box de western spaguetti (nem sabia o que é isso, e pra ser sincera ainda não sei o motivo deste nome). Na capa estava estampada a foto do Clint Eastwood novinho, lindíssimo e com a cara de cretino que só ele sabe fazer. Neste momento minha mão começou a coçar. “Vô? Num vô?”, “Vô!”. Peguei a fila e esperei a minha vez. Estava tocando Rihana. Rihana?? Cadê o bom e velho Michael Jackson, que é a trilha sonora oficial do horário? Fiquei meio triste com a quebra da minha rotina. Quando o rapaz muito simpático de cabelos avermelhados e cara de bom filho gritou: - Próximo! - pedi a ele para ver o box do Eastwood, que estava com um preço bastante convidativo. Aproveitei o ensejo e perguntei batendo no relógio imaginário do braço esquerdo: - Amigo, agora é hora de Michael Jackson!! Cadê?? - na hora ele e a moça que estava operando o caixa ao lado caíram na risada, ela foi trocar o cd. Achei muito engraçado e fiquei admirada com a prontidão da moça em parar o que estava fazendo pra colocar o cd do Michael Jackson. Eu disse que não adiantava, pois estava atrasada pra aula e não poderia ficar pra ouvir o bom e velho Thriller. Ela não se deu por convencida e trocou o cd. Agradeci e saí da loja dando risada. Engraçado como umas palhaçadinhas alegram o dia, né? Ah! Voltando ao Clint... Então, aqui em casa tem um box da série Dirty Harry, é incrível como esses filmes são bons. Assisti a todos e agora que estou escrevendo deu vontade de vê-los novamente. Assim que avistei o box na Americanas lembrei do meu pai, ele adora bang bang e sei que o Clint Eastwood é seu preferido (ainda que ele não ache, na verdade ele ainda não se deu conta). Eastwood é o preferido de todo mundo, até mesmo dos que nunca assistiram aos filmes dele e não viram o Feio gritando: - Lorinho!! Sua mãe é uma $%&* - pois se tivessem a oportunidade iriam adorá-lo tanto quanto eu.

Resumo da estória, você não tem que ter motivo pra gostar do Clint Eastwood, mas tem que ter um ótimo motivo para não gostar e taí uma coisa que estou pagando pra ver!!